Novembro Azul e a conscientização sobre o câncer de próstata

 

Novembro é o mês oficial do combate ao câncer de próstata, segunda principal causa da doença entre homens, logo atrás do câncer de pele não melanoma. A próstata é uma glândula exclusiva do corpo masculino, localizada na parte baixa do abdome, entre a bexiga e o reto.

O câncer de próstata é mais comum na terceira idade, visto que três quartos de todos os casos no mundo acometem homens acima dos 65 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – o INCA -, cerca de 61 mil novos casos surgem a cada ano. O número de mortes devido ao tumor ultrapassa os 13 mil.

A identificação da doença e o diagnóstico podem ser demorados, visto que a maioria dos tumores cresce de forma lenta e, muitas vezes, não dá sinais durante a vida. Entretanto, uma parcela considerável cresce de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e levando à morte.

 

Melhores formas de prevenção

  • Faça uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura;
  • Acrescente tomate às suas refeições. Ele é rico em licopeno, uma substância antioxidante que está ligada à diminuição dos índices do câncer de próstata e pulmão;
  • Faça atividades físicas regulares ao menos 30 minutos por dia;
  • Mantenha o peso adequado à sua altura;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro;
  • Depois dos 40 anos, faça exames de rotina para monitorar sua saúde;
  • Homens com histórico de câncer de próstata na família precisam avisar ao médico, o qual vai indicar os exames necessários para a prevenção.

Diagnosticando o câncer de próstata

Apesar dos preconceitos ainda existentes entre os homens, o exame de toque retal é uma das formas mais eficazes de diagnosticar o câncer de próstata.  Além dele, o rastreamento feito com o Antígeno Prostático Específico (PSA) no sangue e a ultrassonografia transretal também podem apontar o resultado. O câncer de próstata possui cura, e quanto antes iniciado o tratamento, melhores são os resultados.

O exame de toque retal é realizado para verificar a consistência da próstata, o tamanho e se existem lesões palpáveis na glândula através do reto. O exame de toque pode ser utilizado junto com o PSA para realizar um diagnóstico mais preciso.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com a fase em que o câncer de próstata é diagnosticado. O oncologista poderá indicar radioterapia, cirurgia ou tratamento hormonal. A escolha deverá ser feita baseada no tratamento mais adequado devido ao histórico hospitalar de cada paciente.

 

Conheça as três formas da Doença Celíaca

A Doença Celíaca (DC) é uma enteropatia crônica do intestino delgado, de caráter autoimune, desencadeada pela exposição ao glúten (principal fração proteica presente no trigo, no centeio e na cevada) em indivíduos geneticamente predispostos. De acordo com o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, três formas de apresentação clínica da DC são reconhecidas. São elas:

Forma clássica (típica): caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Também pode haver diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia. Essa forma clínica pode ter evolução grave, conhecida como crise celíaca, ocorrendo quando há retardo no diagnóstico e no tratamento, particularmente entre o primeiro e o segundo ano de vida, e frequentemente desencadeada por infecção. Essa complicação potencialmente fatal se caracteriza pela presença de diarreia com desidratação hipotônica grave, distensão abdominal por hipopotassemia e desnutrição grave, além de outras manifestações como hemorragia e tetania.

 

Forma não clássica (atípica): caracteriza-se por quadro mono ou oligossintomático, em que as

manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano. Os pacientes podem apresentar manifestações isoladas, como baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à reposição de ferro por via oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal refratária ao tratamento, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia), úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, edema de surgimento abrupto após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.

 

Forma assintomática (silenciosa): caracteriza-se por alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausência de manifestações clínicas. Essa situação pode ser comprovada especialmente entre grupos de risco para a DC, como parentes de primeiro grau de pacientes celíacos, e vem sendo reconhecida com maior frequência nas últimas duas décadas, após o desenvolvimento dos marcadores sorológicos para essa doença.

 

Diagnóstico, prevenção e tratamento

 

 

Como a doença se baseia na predisposição genética dos indivíduos, ainda não existem maneiras de prevenção. O diagnóstico é realizado através de exame de sangue, biópsia do intestino delgado e outros critérios de investigação médica realizados pelo profissional que acompanha o paciente.

 

Em relação ao tratamento, ainda não existem procedimentos e medicamentos específicos para a doença. A única forma de tratamento, portanto, é a eliminação completa de produtos com glúten do cardápio do paciente.

Fonte de informações: Ministério da Saúde