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Resistência antimicrobiana: uma ameaça global

Você sabe o que é resistência antimicrobiana? De acordo com a OMS, essa é considerada uma ameaça global e, segundo a Anvisa, está entre os dez maiores problemas de saúde pública global e é alvo de alerta mundial. O Laboratório São José reuniu todas as informações de que você precisa saber sobre resistência antimicrobiana. Confira!

O que é resistência antimicrobiana?

A resistência antimicrobiana acontece quando é realizado um consumo inadequado de produtos farmacêuticos, como antibióticos e antivirais. Ao realizar essa ingestão de medicamentos, sem necessidade, as bactérias são expostas diversas vezes ao uso de um mesmo produto, criando essa resistência e contribuindo para o desenvolvimento de superbactérias, que são capazes de suportar os efeitos de alguns tratamentos de doenças.

Com o prolongamento dessas enfermidades, há um aumento da taxa de mortalidade e de internações em hospitais, além da ineficiência da prevenção. Por isso, a automedicação e o uso indevido de medicamentos são tão graves, podendo atingir qualquer pessoa, independentemente da idade ou de onde vive.

Por que ela é considerada uma ameaça global?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, a resistência antimicrobiana causará, anualmente, a morte de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, uma morte a cada três segundos, ultrapassando a atual mortalidade por câncer.  Esse é um problema muito grave e que tem mobilizado governos de todo o mundo.

Em 2019, a Organização das Nações Unidas (ONU), agências internacionais e especialistas exigiram ações imediatas, coordenadas e ambiciosas que poderão evitar uma crise ainda maior sobre essa resistência aos medicamentos. No mesmo ano, a OMS incluiu a condição na lista das dez maiores ameaças à saúde pública global.

O que está sendo feito para combater a resistência antimicrobiana?

Em 2015, a OMS lançou um Plano de Ação Global em Resistência a Antimicrobianos. Uma base para orientar os governos a traçarem estratégias de combate ao problema. No Brasil, há um plano de ação que conta com o apoio de diversos órgãos, entre eles a Anvisa.

No ano passado, foi feita uma ação, com o apoio da Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (International Coalition of Medicines Regulatory Authorities – ICMRA), que teve como slogan “O futuro dos antibióticos depende de todos nós”. O principal objetivo da iniciativa foi potencializar as ações de informação do problema para a sociedade.

Além disso, foi feita uma publicação de uma declaração da ICMRA direcionada à indústria de medicamentos, aos profissionais de saúde (humana e animal), aos líderes globais de saúde, a pesquisadores e à mídia, para reforçar que os esforços coletivos somados as ações conjuntas de divulgação sobre os riscos da resistência antimicrobiana podem fazer a diferença.

Como a população pode ajudar?

Abaixo, algumas orientações divulgadas em folha informativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS):

A população em geral pode ajudar:

  • Prevenindo infecções, lavando as mãos regularmente, praticando uma boa higiene alimentar, evitando contato próximo às pessoas doentes e mantendo as vacinações atualizadas.
  • Utilizando antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde.
  • Seguindo a prescrição à risca.
  • Evitando reutilizar antibióticos de tratamentos prévios que estejam disponíveis em domicílio, sem adequada avaliação de profissional de saúde.
  • Não compartilhando antibióticos com outras pessoas.

Profissionais de saúde podem ajudar:

  • Prevenindo infecções ao garantir que as mãos, os instrumentos e o ambiente estejam limpos.
  • Mantendo a vacinação dos pacientes em dia.
  • Quando uma infecção bacteriana é suspeita, é necessário realizar culturas e testes bacterianos para confirmá-la.
  • Prescrevendo e dispensando antibióticos apenas quando eles realmente forem necessários.
  • Prescrevendo e dispensando o antibiótico adequados, assim como sua posologia e o período de utilização.

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