Após um ano e meio desde o início da pandemia, ainda restam dúvidas sobre o processo de imunização e as diferenças entre as vacinas contra a Covid-19 no Brasil.
Qual vacina seria a melhor? Elas são seguras? Quais são os níveis de eficácia de cada uma delas? Essas são algumas questões bastante relevantes e recorrentes.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre as particularidades e as diferenças entre os imunizantes disponíveis até o momento no Brasil.
Como as vacinas chegam até nós?
O primeiro ponto importante que devemos destacar é que, para serem aplicadas na população, as vacinas devem ser aprovadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são os órgãos competentes responsáveis por aprovarem a qualidade dos imunizantes.
A qualidade é medida por um nível mínimo de eficácia que as vacinas devem apresentar, que é de 50%. Existem, porém, algumas variáveis que podem modificar esse percentual em cada pessoa, como a idade e a presença de comorbidades, por exemplo.
Assim como a eficácia, a segurança dos imunizantes também é um ponto muito importante observado nos testes. Caso não haja comprovação científica de que a vacina é segura, não é dado o aval para a sua aplicação.
Mas quais são as características das vacinas disponíveis hoje no Brasil? Iremos responder a essa pergunta em seguida!
Butantan/CoronaVac
Foi o primeiro imunizante aprovado no país. Ele é produzido por meio de parceria entre a China e o Instituto Butantan.
Tecnologia: vírus inativo cultivado em cultura de células.
Ação: o vírus inativado é aplicado no corpo, gerando a reação de defesa do nosso organismo.
Eficácia: possui eficácia geral de 50,38%, oferecendo 100% de proteção contra a fase aguda e 78% de prevenção contra casos leves da doença.
Aplicação: duas doses.
Oxford/AstraZeneca
A vacina é uma parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. No Brasil, ela é produzida pela Fiocruz.
Tecnologia: vetor viral não replicante.
Ação: o adenovírus injetado no organismo não se reproduz e também não nos faz mal, porém a sua espícula – proteína viral – aciona a resposta imunológica do nosso corpo.
Eficácia: tem uma proteção média de 70%, prevenindo em 79% os casos graves e eliminando a necessidade de internações sérias.
Aplicação: duas doses.
Pfizer/BioNTech
O imunizante foi criado por duas empresas farmacêuticas, uma alemã – BioNTech – e outra norte-americana – Pfizer.
Tecnologia: mRNA ou RNA-mensageiro.
Ação: a vacina é construída a partir da replicação de material genético que “copia” a proteína spike, que realiza a ligação do coronavírus com as células humanas, gerando a reação da nossa defesa imunológica.
Eficácia: a vacina possui uma eficácia geral de 95% e redução de 97% nos casos sintomáticos e de 86% para as infecções assintomáticas.
Aplicação: duas doses.
Janssen
Essa vacina foi aprovada pela Anvisa no Brasil para ser aplicada em situação emergencial.
Tecnologia: vetor viral.
Ação: o vírus enfraquecido carrega os genes do Sars-CoV-2 e ativa a reação do sistema imunológico.
Eficácia: sua eficácia geral é de 68% e de 66,9% para infecções sintomáticas, além de oferecer 76,7% de proteção contra a doença aguda depois de 14 dias de aplicação e 85,4% depois de 28 dias.
Aplicação: dose única.
Até o momento, essas são as vacinas aprovadas no Brasil. Os estudos sobre a necessidade de futuras aplicações de reforço ainda estão sendo realizados, e poderemos ter respostas em breve.
Por enquanto, é importante mantermos todos os cuidados essenciais para nos protegermos da Covid-19, como o uso de máscara, o distanciamento social e a higienização frequente das mãos.
E, claro, as vacinas são muito importantes para salvar vidas e são indicadas para toda a população adulta e idosa, inclusive para quem já contraiu a doença.
Como você já sabe, o Laboratório São José está à sua disposição. Conte conosco!